Pesquisa mostra o poder das posturas corporais

on 26 de set. de 2012

Para comprovar a tese, Amy Cuddy e seus colegas das universidades Harvard e Columbia mediram os níveis dos hormônios testosterona e cortisol de 42 pessoas que foram orientadas a ficar em posições expansivas ou contraídas (pernas e braços cruzados, ombros arqueados).

Quem posou de poderoso teve aumento nos níveis de testosterona (ligado ao impulso de lutar) e queda nos de cortisol (ligado ao estresse). É o perfil hormonal do "macho alfa", o líder do bando.

Os voluntários não se exibiram para uma plateia e não sabiam que estavam participando de um estudo sobre posturas de poder. Os níveis dos hormônios na saliva dos pesquisados foram medidos antes do início do experimento e 17 minutos depois de a postura ter sido mantida por dois minutos.

A influência no comportamento também foi medida: os voluntários receberam uma pequena quantia em dinheiro que podiam levar para casa ou apostar --nesse caso, arriscavam-se a perder tudo ou a ganhar em dobro.

Entre os que se colocaram nas posturas de poder, 86% tiveram coragem de arriscar, contra 60% dos participantes que ficaram em posições mais encolhidas.

Eles também fizeram um discurso para uma plateia que não sabia qual era o objetivo da pesquisa. O público avaliou melhor aqueles que, antes da apresentação, ficaram, por exemplo, com os pés esticados sobre a mesa ou com as mãos na cintura como a "Mulher Maravilha" (poses que não foram reproduzidas no discurso). "Mudando sua postura, você prepara seus sistemas mentais e psicológicos para enfrentar desafios e situações estressantes e pode aumentar sua confiança e melhorar seu desempenho", diz Cuddy.

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